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Nascentes: a importância da conservação

Publicado em: 27-08-2025
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As nascentes são fundamentais para garantir a qualidade e a disponibilidade de água em regiões urbanas e rurais. Com o aumento da demanda por recursos hídricos, especialmente durante o atual período de estiagem, cresce também a necessidade de cuidar dessas áreas e evitar a degradação de seus ecossistemas.
 
No Brasil, o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) define que uma faixa mínima de 50 metros ao redor das nascentes deve ser preservada como Área de Preservação Permanente (APP). Nessa área, a vegetação nativa precisa ser mantida, protegendo não apenas os recursos hídricos, mas também o solo, a fauna e a flora.
 
A Professora da Faculdade de Agronomia da Universidade de Rio Verde, Dra. em Ciências Ambientais, Mariana Siqueira, explica que quando a cobertura vegetal de uma nascente é alterada, diversos impactos ambientais surgem. “Os principais impactos observados no local estão relacionados a perda progressiva de solo no entorno da nascente, por vezes ocorrendo erosões e carreando do solo para o leito do curso da água”, esclarece.
 
A Professora reforça ainda que as consequências são socioambientais. “Sem a vegetação e com o incremento de sedimento dentro do leito do curso d’água, o balanço hídrico naquela região é alterado, reduzindo a vazão de água na nascente. Se há a redução da disponibilidade de água, os cursos d’água que são formados por nascentes degradadas são severamente impactados e, consequentemente, as atividades econômicas que dependem da água também”, explica Mariana.
 
Em 2015, o Núcleo de Extensão Comunitária da UniRV, sob coordenação do professor Dr. Gilmar Oliveira Santos, em parceria com a Escola Municipal Areno Martins, atuou na revitalização ambiental de nascentes em Lagoa do Bauzinho, distrito de Rio Verde. Foi trabalhada uma nascente modelo, que foi escolhida pelo fato de ser próxima à área urbanizada, servindo de amostra aos moradores e proprietários de áreas rurais.
 
Prof. Mariana reforça que a recuperação de áreas de nascentes, além de ser uma responsabilidade legal é também uma responsabilidade com as gerações futuras. “Para se recuperar uma nascente é necessário reconhecer o histórico de sua cobertura vegetal e investir na recomposição com espécies nativas que tinham ocorrência naquele ambiente antes da degradação. É necessário também conhecer como é a dinâmica de escoamento de águas das chuvas nesse ambiente, sendo que em muitos casos é necessário utilizar de técnicas de manejo e conservação do solo com ênfase no disciplinamento das águas das chuvas”, afirma.
 
Após implantadas as técnicas de conservação do solo e após realizado o plantio de espécies nativas adequadas, segundo a Professora, as Áreas de Preservação Permanente de nascentes necessitam ainda de acompanhamento por um período médio de dois a três anos, a fim de observar se outras técnicas de manutenção precisam ser implantadas.
 
A Professora garante que prevenir é melhor do que recuperar. “A conservação de nascentes é menos onerosa que a recuperação. Proprietários de imóveis que possuem nascentes devem prezar pela preservação da vegetação e pelo cumprimento do Código Florestal, evitando multas e contribuindo para a manutenção do equilíbrio ambiental”, pondera.
 
 
Equipe ASCOM
Jornalista Ana Júlia Sales
Arte: Vinícius Macedo

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