A fisioterapia pediátrica vem ganhando cada vez mais espaço como aliada fundamental no desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Voltada tanto para a prevenção quanto para o tratamento de disfunções motoras, respiratórias e neurológicas, a especialidade tem se mostrado essencial para garantir qualidade de vida desde os primeiros meses de vida. Com técnicas específicas e abordagem lúdica, os fisioterapeutas pediátricos ajudam a estimular habilidades, corrigir atrasos e apoiar famílias em fases delicadas do crescimento, em um trabalho que combina ciência, cuidado e afeto.
Supervisionando o estágio de fisioterapia pediátrica na Clínica-escola de Fisioterapia, a Professora Ma. Michelle Jayme Borges ressalta que a Fisioterapia Pediátrica desempenha um papel fundamental no acompanhamento do desenvolvimento motor de crianças, especialmente daquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).“Ao integrar os princípios da psicomotricidade, a prática fisioterapêutica amplia sua atuação, valorizando não apenas aspectos biomecânicos, mas também dimensões cognitivas, sensoriais, emocionais e sociais do movimento. Crianças com TEA frequentemente apresentam desafios como dificuldades de planejamento motor, instabilidade postural, alterações de tônus, movimentos estereotipados e dificuldades na modulação sensorial,” comenta.
A Docente que é especialista em ABA- Analise do Comportamento aplicado ao Autismo, completa falando que esses fatores impactam diretamente a funcionalidade, a autonomia e a participação nas atividades cotidianas e reforça que a psicomotricidade, ao trabalhar o corpo em movimento e em relação ao ambiente, colabora para a organização do esquema corporal, a coordenação, o equilíbrio, a expressividade e a interação, promovendo avanços motores e comportamentais.
Segundo a Professora, a integração entre Fisioterapia Pediátrica, Psicomotricidade e Autismo fortalece o desenvolvimento global, estimula o engajamento nas atividades e favorece avanços significativos na autonomia e na qualidade de vida. Tratando-se de uma prática interdisciplinar que reconhece o movimento como ferramenta essencial para o aprendizado, a comunicação e a participação social.
Michelle comenta ainda que além do impacto terapêutico, a Clínica-Escola da UniRV cumpre um papel social ao oferecer atendimento especializado a crianças com diferentes necessidades, incluindo aquelas no espectro autista. O serviço amplia o acesso da comunidade a intervenções qualificadas e contribui para a inclusão e o acompanhamento contínuo das famílias.
“Na Clínica-escola, onde atualmente desenvolvo e supervisiono o estágio de Fisioterapia Pediátrica, oferecemos acolhimento e atendimento especializado a crianças com diferentes necessidades, incluindo aquelas no espectro autista. Essa vivência prática possibilita aos acadêmicos o contato direto com processos avaliativos, planejamento terapêutico e condução de intervenções psicomotoras e funcionais, sempre fundamentadas em evidências e centradas na criança,” afirma.
A experiência vivida pelos acadêmicos na Clínica-escola aproxima teoria e prática e prepara futuros fisioterapeutas para atuar com segurança e sensibilidade no cuidado infantil. Além disso, reforça o compromisso da UniRV com a saúde da população e com a preparação de profissionais capazes de transformar vidas dentro e fora da Universidade.
Equipe ASCOM UniRV
Jornalista Vanderli Silvestre - CRP 4126/GO
Arte: Vinicius Macedo