Uma nova metodologia vem transformando a forma como estudantes de Enfermagem na Universidade de Rio Verde estão sendo preparados para os desafios da profissão: a simulação realística. Trata-se de um modelo de ensino que recria situações clínicas próximas da realidade, com o apoio de manequins de alta fidelidade e ambientes interativos, para treinar futuros profissionais de saúde sem colocar pacientes em risco.
Mais do que uma simples prática, a simulação proporciona um ambiente controlado onde os alunos podem testar conhecimentos, realizar procedimentos e desenvolver a tomada de decisão em cenários de alta pressão. Em um dos projetos mais recentes aplicados em instituições de ensino superior, os alunos vivenciam situações críticas baseadas no método START – uma técnica de triagem usada em atendimentos de emergência para classificar vítimas segundo a gravidade de suas condições.
Durante as simulações, os estudantes precisam agir com rapidez, avaliar múltiplas vítimas, priorizar atendimentos e lidar com escassez de recursos, como ocorre em desastres reais. O exercício também destaca a importância da comunicação eficaz e do trabalho em equipe em cenários caóticos.
Mais do que preparar os futuros enfermeiros tecnicamente, a proposta visa fortalecer o lado emocional e humano desses profissionais. Ao enfrentar cenários simulados que envolvem dor, risco de morte e decisões difíceis, os estudantes desenvolvem resiliência emocional, empatia e segurança profissional, qualidades indispensáveis no mundo real.
“A simulação permite errar e corrigir em tempo real. O feedback imediato transforma cada erro em uma oportunidade de aprendizado valiosa”, explica a Professora especialista Bruna Louzada.
A Professora reforça ainda que os resultados esperados vão além da sala de aula. “Com profissionais mais bem preparados, a sociedade ganha equipes de enfermagem mais ágeis, organizadas e eficazes. Em emergências reais, isso pode representar vidas salvas e menos sofrimento para a população”, ressalta.
Além disso, ao vivenciar a importância do trabalho coletivo, os estudantes passam a valorizar ainda mais a solidariedade e a responsabilidade social, valores fundamentais para quem atua na linha de frente do cuidado humano.
Com a adoção crescente da simulação realística nas universidades, o Brasil caminha para formar enfermeiros mais completos: prontos para atuar em emergências, liderar equipes e cuidar das pessoas com excelência técnica e sensibilidade.
A expectativa é que esse tipo de treinamento se torne cada vez mais comum, estabelecendo um novo padrão de qualidade no ensino em saúde e contribuindo para um sistema de atendimento mais preparado para os desafios do presente e do futuro.
"A simulação realística na disciplina de Fundamentos de Enfermagem é um marco importante na formação dos futuros enfermeiros. Preparamos profissionais competentes e empáticos, e essa abordagem inovadora permite aos estudantes vivenciarem situações reais, desenvolvendo habilidades técnicas e resolutivas. Orgulho de nossa equipe e acadêmicos", comenta o Reitor, Professor Dr. Alberto Barella Netto.
Equipe ASCOM
Jornalista Ana Júlia Sales
Arte: Vinícius Macedo