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A presença feminina que transforma a Engenharia Civil

Publicado em: 16-05-2025
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Durante décadas, a Engenharia Civil foi vista como um território quase exclusivo dos homens, com canteiros de obras repletos de capacetes azuis e vozes masculinas ecoando entre vigas e concreto. Mas, aos poucos, o som das marteladas começou a se misturar com vozes femininas que lideram, calculam e constroem, abrindo espaço para histórias de mulheres que ousaram sonhar diferente, que enfrentaram olhares desconfiados, mas seguiram em frente com competência.

Historicamente, as primeiras mulheres começaram a frequentar cursos de Engenharia Civil no final do século XIX e início do século XX, em meio a fortes resistências sociais e institucionais.  No Brasil, a primeira mulher formada em Engenharia Civil foi Emma Vieira Cavalcanti de Albuquerque, em 1917, pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro (atualmente parte da UFRJ), abrindo portas em um cenário quase exclusivamente masculino. Atualmente, as mulheres representam uma fatia relevante dos estudantes de Engenharia no Brasil, segundo dados recentes do Censo da Educação Superior (INEP/MEC), elas são cerca de 30% nos cursos de Engenharia Civil. Na UniRV a presença feminina na sala de aule laboratórios é cada vez mais marcante.

Mariana Mazzo Giacomelli Leão sempre teve mais finalidade com as exatas desde pequena, e conta que se identificou com o curso de Engenharia Civil quando estava no ensino médio. “Meu primeiro contato com a Engenharia Civil foi durante uma visita a uma obra com meu pai, que sempre teve amor na área. Fiquei fascinada ao ver como as estruturas eram construídas e como cada detalhe fazia parte de um projeto maior. Essa experiência despertou em mim a paixão pela Engenharia Civil, levando-me a escolher essa carreira,” 


Egressa do curso, Mariana compartilha também que a formação na UniRV foi essencial para sua preparação. “Os professores eram muito dedicados e sempre incentivavam a prática através de aulas muito bem planejadas.  As aulas práticas me deram uma base sólida em diversas áreas da Engenharia Civil, além de desenvolver minha capacidade de trabalhar em equipe e resolver problemas complexos. Isso me deixou mais confiante ao entrar no mercado de trabalho.

A profissional conta que acima de tudo, é acreditar no potencial para a construção de uma carreira sólida. “Nunca subestime seu potencial, acredite em si mesma e busque constantemente aprender e se desenvolver. Não hesite em fazer perguntas ou pedir ajuda quando necessário; isso faz parte do processo de crescimento. Além disso, conecte-se com outras mulheres na área e participe de eventos relacionados à engenharia, essas experiências podem abrir portas incríveis. Lembre-se também de que sua voz é importante, por isso não tenha medo de se posicionar, “ completa Mariana.

Outra Engenheira que se destaca no mercado da construção civil é Camila Rodrigues Bernardes Frazão. Egressa do curso e atualmente fiscal de obras no Departamento de Engenharia e Obras da UniRV, Camila começou “construir” ainda criança, primeiro foram com blocos de madeira e depois nos jogos de simulação The Sims. “Eu não me interessava em controlar os personagens, mas sim em projetar e montar casas. Passava horas criando cada detalhe e, ao terminar uma, já queria começar outra. No primeiro período da Faculdade consegui meu primeiro estágio, pois como o curso havia começado recentemente, havia muita demanda por estagiários. No meu primeiro dia, o engenheiro me mostrou um livro de quantitativos, com todos os elementos necessários para a execução de uma obra. Depois, me levou ao canteiro e fiquei maravilhada ao ver como tudo aquilo começava do zero,” conta.


Camila compartilha também que foi da primeira turma de Engenharia Civil da UniRV e sempre buscou focar na competência técnica, na responsabilidade e na postura profissional. “Ser da primeira turma de Engenharia Civil da UniRV foi uma experiência única e muito enriquecedora. Tivemos a oportunidade de acompanhar de perto o desenvolvimento do curso, contribuindo para a construção da sua identidade e participando ativamente da sua evolução. A Universidade me proporcionou uma base técnica sólida, além de incentivar o contato prático com a área e a troca com profissionais experientes, o que foi essencial para minha preparação frente aos desafios do mercado,” explica a Egressa.

A Engenheira conta ainda que percebe uma evolução significativa em relação ao ingresso de mulheres na profissão, e que a busca por aprendizado precisa ser constante. “Ainda enfrentamos desafios, mas hoje há uma maior conscientização sobre a importância da diversidade no setor. As empresas estão cada vez mais abertas à presença feminina e reconhecendo o valor que as engenheiras agregam aos times. O conhecimento e a dedicação são as melhores formas de conquistar respeito. Além disso, possuir habilidades de comunicação e trabalho em equipe são fundamentais em qualquer obra. Acredito que ser mulher na Engenharia Civil exige coragem, mas também traz a oportunidade de abrir caminhos e inspirar outras profissionais,” menciona.

Maria Júlia Sanches Barbosa também integra a lista de Engenheiras formadas na UniRV e que se destacam no cenário da construção civil. Ela conta que escolheu a Engenharia Civil após acompanhar uma reforma na sua casa, e perceber que uma construção pode ajudar a sociedade de forma indireta ou direta.  A egressa conta ainda que em muitas empresas grande parte da equipe administrativa é feminina, como também já está crescendo a presença feminina no operacional do canteiro de obra.


Ela compartilha também que a escolha de uma profissão é um passo importante e merece reflexão, especialmente quando se trata de uma área tão ampla e impactante como a engenharia civil. “É uma linda profissão, pois é uma forma que você pode ajudar a sociedade diretamente ou indiretamente. Mas o mais importante é, a Engenharia Civil tem inúmeros campos de atuação, pesquise bem antes de tomar sua decisão,” finaliza Maria Júlia.

Equipe Ascom UniRV

Jornalista Vanderli Silvestre - CRP 4126/GO
Fotos: Arquivo pessoal

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