Em um mundo movido pela inovação, as universidades além de serem espaços de ensino, pesquisa e extensão, se tornaram também, verdadeiros laboratórios de empreendedorismo. Cada vez mais, ideias nascem em salas de aula, ganham forma em laboratórios e se transformam em negócios que impactam o mercado e a sociedade, por meio das incubadoras universitárias. Uma incubadora universitária é um ambiente criado dentro da Universidade para apoiar o desenvolvimento de ideias inovadoras e transformá-las em negócios sustentáveis, com suporte técnico, mentoria, infraestrutura, acesso a laboratórios e conexões com o mercado.
E essas iniciativas têm se mostrado potentes motores de desenvolvimento regional, promovendo uma nova cultura empreendedora e fortalecendo o vínculo entre Universidade, governo e empresas, a chamada tríplice hélice da inovação. De acordo com o coordenador de inovação da UniRV, Kermme Jorge Moreira Rebouças, a Universidade é o berço da inovação, e quando ela oferece suporte técnico, mentoria e estrutura para que o aluno desenvolva sua ideia, o impacto é direto na economia local e na formação de uma nova mentalidade empreendedora.
Em um estudo publicado na Revista de Empreendedorismo, Negócios e Inovação, Kermme analisou o papel das incubadoras em diferentes universidades brasileiras, com destaque para experiências bem-sucedidas da Universidade de Rio Verde. Os dados mostram que startups incubadas em ambientes universitários apresentaram um crescimento 18%, superior à média nacional, e uma taxa de sobrevivência de 65% após cinco anos, contra 45% em iniciativas não incubadas.
Entre os casos de sucesso, Kermme cita o da Implent.Conect, startup incubada pela YpeTec da UniRV, que desenvolveu sensores inteligentes para manutenção preventiva de equipamentos agrícolas. A empresa já é referência em inovação no agronegócio e ilustra como o conhecimento gerado na Universidade pode se transformar em tecnologia aplicada. “A inovação não é um conceito abstrato, ela está no campo, nas indústrias, nas salas de aula. As incubadoras são pontes que ligam a pesquisa científica à realidade produtiva, e as startups são o veículo que leva essas soluções para o mundo”, afirma.
Além do impacto econômico, as incubadoras universitárias têm promovido transformações sociais. A presença de programas de incubação em cidades do interior, segundo o estudo publicado por Kermme e com participação do reitor Professor Dr. Alberto Barella Netto, eleva os índices de inovação e qualidade de vida entre 15% e 20%, criando novas oportunidades para jovens talentos e fomentando o desenvolvimento sustentável. “Cada startup incubada é um agente de transformação regional. Estamos falando de novos empregos, de capacitação e de uma cultura empreendedora que se espalha por toda a comunidade”, reforça o coordenador.
Segundo ele, o futuro das startups universitárias depende de políticas de incentivo e de uma integração ainda maior entre Universidade, governo e setor privado, uma vez que, quando esses três atores se unem, o resultado é um ciclo virtuoso de inovação, na construção de um ecossistema capaz de gerar soluções locais com impacto global.
Equipe Ascom UniRV
Jornalista Vanderli Silvestre - CRP 4126/GO
Arte: Vinicius Macedo