O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para pacientes com doenças de sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia, e também enfermidades do sistema linfático. Além disso, atualmente existem pesquisas sobre seu uso como possível tratamento de doenças autoimunes como esclerose múltipla e doença inflamatória intestinal.
Pensando nisso, a Faculdade de Enfermagem da UniRV realizou nesta quarta-feira, 18, a primeira edição do projeto Medulando Sonhos. A diretora do curso, prof. Dra. Berenice Moreira, e a prof. Andria Castro Quiuli receberam a médica Dra. Brunna Gabrielly Waqued Aires Oliveira para uma palestra esclarecedora que apresentou desde as primeiras pesquisas sobre o uso do transplante de medula como tratamento até como o procedimento de coleta é feito atualmente.
“A doação de medula óssea é um ato de solidariedade e pode ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura”, explicou a Dra. Brunna Aires. “No Brasil existem poucos doadores, por isso é necessária esta conscientização, pois quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de salvar os pacientes”.
A médica também esclareceu sobre as formas de coleta. Na doação por aférese, as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento que dura poucas horas, mas o doador deverá receber uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco.
Na coleta de medula óssea, as células serão coletadas através de punções na região pélvica posterior (osso do quadril) e dura cerca de 90 min. O procedimento ocorre em centro cirúrgico, sob anestesia e requer internação de 24 horas.
Além de conscientizar os participantes sobre a importância da doação e do transplante de medula óssea, a atividade também teve o objetivo de captar possíveis doadores para cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Ao final da palestra, Dra. Brunna explicou os requisitos para ser um doador e esclareceu dúvidas dos participantes.
O Reitor professor Alberto Barella destaca a importância vital de promover atividades que abordem a necessidade da doação de medula óssea. “É uma grande satisfação ver como a comunidade acadêmica se compromete com a sociedade, apoiando iniciativas que contribuam para a conscientização e o aumento do número de doadores de medula óssea, demonstrando o compromisso com valores humanitários e a responsabilidade social. É essencial conscientizar a comunidade acadêmica e a sociedade em geral sobre a relevância desse gesto”, comenta.
Como ser um doador?
Para se tornar um doador de medula óssea é preciso: ter entre 18 e 55 anos de idade; estar em bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue.
O primeiro passo é fazer um cadastro de doador – que em Rio Verde pode ser feito no Hemocentro – onde serão informados seus dados pessoais e serão colhidos 5ml do seu sangue. O sangue será examinado, o resultado do exame e seus dados pessoais serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Equipe ASCOM
Jornalista Ana Júlia de Oliveira Sales
Fotos: Herison Tessari