Aspectos importantes para viver plenamente englobam aprender a cuidar do interior, perdoar, liberar sentimentos e pensamentos negativos e despertar a consciência. Essas práticas estão diretamente relacionadas ao entendimento espiritual. Com esta compreensão, foi criado o Núcleo de Estudos de Medicina e Espiritualidade (NEME) da Faculdade de Medicina da Universidade de Rio Verde – UniRV (câmpus Aparecida de Goiânia).
O grupo de estudos foi idealizado no ano de 2018, mas somente neste ano o projeto saiu do papel. Sob orientação da professora Ma. Jordanna Vieira Duarte, o Núcleo tem o objetivo de discutir a espiritualidade e sua aplicabilidade na área da saúde, levando ao acadêmico um conhecimento mais aprofundado da relação médico-paciente. Os encontros do NEME são mensais e os palestrantes convidados discutem sobre diversos assuntos como a espiritualidade nos cuidados paliativos, hipnose, meditação na cura de doenças, a interação espírito-mente-corpo, a experiência esquizofrênica, dentre outros.
Hoje, mais de 80% das universidades dos Estados Unidos já tem a espiritualidade na grade curricular, e no Brasil algumas faculdades já a adotaram como matéria optativa do curso de Medicina. “Portanto, temos o privilégio de dar o primeiro passo e introduzir a espiritualidade no curso de Medicina da UniRV câmpus Aparecida. A caminhada é longa, mas quem sabe no futuro deixamos de ser um núcleo de estudos para ser uma matéria optativa, não é mesmo?”, comentou Gabriella Mendonça Leão de Oliveira, membro fundador do NEME. Compartilhando do mesmo pensamento, o também membro fundador, Keniel Carlos Pereira do Reis afirmou que o Núcleo é uma importante ferramenta de discussão entre os profissionais e futuros profissionais da saúde. “Acredito que nos próximos anos discutir espiritualidade será tão importante quanto os demais ensinos acadêmicos”, encerrou.
Depoimentos de acadêmicos:
“A ideia do NEME foi algo inédito para o curso de Medicina, pelo fato de sermos muito técnicos e quase nunca pensarmos na espiritualidade do paciente. Compreender essa relação corpo-mente-espírito é fundamental para o diagnóstico e prognóstico, além de fortalecer a relação médico-paciente.” Ana Carolina de Oliveira Tonholo, acadêmica do 2º período.
“O NEME me deu a oportunidade de ver a espiritualidade na Medicina de uma forma diferente, não só como uma fé que cura. Hoje eu consigo entender melhor a experiência da doença pelo paciente, a forma como ele lida com isso e, também, a sua espiritualidade que muitas vezes não está relacionada com religião”. Giovana Alcino Carneiro, acadêmica do 5º período.
“Muito obrigado ao NEME e à gestão organizadora por proporcionar algo tão grandioso, assim podemos descobrir a importância da relação corpo-mente-espírito na Medicina”. João Vitor Flores, acadêmico do 7º período.
Fotos: Faculdade de Medicina Aparecida