A evolução das técnicas de cirurgia em pequenos animais, impulsionada por novos equipamentos, métodos menos invasivos e profissionais cada vez mais especializados vem transformando profundamente o atendimento prestado a animais de pequeno porte em todo o país. Procedimentos que antes eram considerados complexos ou inacessíveis tornaram-se mais seguros, rápidos e eficientes, ampliando as chances de recuperação e a qualidade de vida pets. E essa mudança reforça o papel da tecnologia na prática veterinária, e também revela um mercado em expansão e cada vez mais exigente.
Tales Dias do Prado, médico-veterinário e Professor no curso de Medicina Veterinária da UniRV iniciou sua trajetória prática em cirurgia de pequenos animais ainda na residência em Medicina Veterinária e mantém até os dias atuais, a dedicação ao estudo e à prática da cirurgia de pequenos animais. Segundo ele, ao longo desses anos, pôde acompanhar de perto uma transformação profunda na área.
“Quando comecei, a maior parte das cirurgias era realizada por via aberta, com incisões mais amplas e maior manipulação tecidual. Hoje, técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia, endoscopia, abordagens percutâneas e procedimentos híbridos, tornaram-se cada vez mais presentes na rotina veterinária brasileira, aproximando nossa prática do que já é realizado internacionalmente e, esses avanços representaram uma mudança importante no cuidado oferecido aos pacientes, uma vez que reduzimos dor, diminuímos o trauma cirúrgico, aceleramos a recuperação e aumentamos a segurança dos procedimentos,” comenta o Professor.

O médico-veterinário comenta ainda que a incorporação dessas tecnologias não apenas aprimorou os resultados cirúrgicos, como também ampliou a capacidade de tratar casos complexos com mais precisão. “A laparoscopia, por exemplo, proporciona visualização ampliada e maior delicadeza na manipulação dos tecidos. Já as técnicas percutâneas, aplicadas principalmente em urologia, como na remoção de cálculos vesicais, permitem intervenções eficazes com mínimo impacto no organismo, e a endoscopia, por sua vez, revolucionou o acesso a estruturas antes de difícil abordagem e reduziu a necessidade de cirurgias invasivas,” explica Tales.
O Professor explica que a adoção dessas técnicas ainda enfrenta desafios, especialmente relacionados ao custo de equipamentos, a necessidade de treinamento especializado e às diferenças regionais de acesso. “A demanda por procedimentos mais modernos e menos dolorosos impulsiona clínicas, hospitais e centros de ensino a investir em capacitação e tecnologia. Acredito que a cirurgia veterinária no Brasil caminha de maneira sólida para um modelo mais avançado, seguro e ético, e as técnicas minimamente invasivas tendem a se expandir ainda mais, integrando novas tecnologias, como impressão 3D, guias surgidos personalizados e sistemas de imagem de alta precisão,” ressalta.
Tales completa ainda, falando que no curso de Medicina Veterinária da UniRV, o uso de tecnologias em cirurgias de pequenos animais já faz parte da rotina acadêmica. “Hoje, nossos alunos já contam com a impressão 3D aplicada às pesquisas e às práticas acadêmicas, o que tem ampliado nossas possibilidades de estudo e inovação. A impressão 3D integra projetos de pesquisa, experimentos e atividades de formação. Além disso, estamos sempre em atualização, participando de congressos, desenvolvendo pesquisas e mantendo uma atualização constante das novas tecnologias disponíveis no mercado,” finaliza.
Equipe Ascom UniRV
Jornalista: Vanderli Silvestre - CRP 4126/GO
Arte: Vinicius Macedo