O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, revive a memória de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história do Brasil e símbolo da resistência contra a escravidão.
A data, instituída para promover reflexão nacional sobre igualdade racial, valoriza a luta histórica do povo negro por liberdade, dignidade e direitos, reconhecendo o impacto da cultura africana na formação da sociedade brasileira.
Na UniRV, a data é um convite à memória e ao reconhecimento, mas também à celebração das existências negras que constroem diariamente os espaços acadêmicos, culturais e profissionais da Universidade. Docentes, estudantes e servidores reforçam a importância de ampliar o diálogo sobre diversidade, justiça e pertencimento.
Para a Professora Esp. Nicole Dias, das Faculdades de Design Gráfico e de Interiores, o 20 de novembro é uma data que convida refletir sobre representatividade e acolhimento. “Para muitos estudantes, especialmente negros, poder se reconhecer em figuras que ocupam espaços de destaque, como a docência universitária, é fundamental para fortalecer a autoestima, ampliar horizontes e criar conexões genuínas”, compartilha.
Nicole reforça que a data também é um momento de lembrar das conquistas e de orgulho. “O 20 de novembro reforça a necessidade de ações contínuas que enfrentem e transformem a herança histórica de desigualdades em nosso país. Que essa data nos inspire a lutar para que mais jovens negros tenham acesso à educação superior e para que, cada vez mais, possam ocupar com naturalidade espaços como o da docência universitária”, conclui a docente.
O Dia da Consciência Negra, para a UniRV, reafirma a importância de construir ambientes acadêmicos mais justos, plurais e antirracistas, onde cada estudante, docente e servidor possa se reconhecer e encontrar pertencimento.
Para o servidor Júlio do Carmo Lino Lemos, a data carrega um significado profundo de contato com as raízes. Ele afirma que sua pele negra é um lembrete constante da força de seus antepassados. “Eu amo ser negro! Os valores da identidade afrodescentes, como o contato com a ancestralidade e a celebração da cultura, ajudam a combater o preconceito, e fazer melhor nesta data tão importante para nós”, afirma Júlio.
A acadêmica e servidora Cris Gouveia, ressalta que o Dia da Consciência Negra também é o momento de olharmos para as questões raciais que ainda afetam a comunidade negra e a sociedade como um todo.
“Eu vejo esta data como um presente. Muitas vezes trazemos o discurso do passado, mas é importante trazermos a discussão para o atual. Muitas problemáticas são causadas pelo racismo estrutural, como as críticas ao sistema de cotas raciais. Além de reconhecer os desafios enfrentados no passado, precisamos mesmo nos atentar aos problemas atuais. A luta agora é essa”, afirma.
O reitor da UniRV, Prof. Dr. Alberto Barella Netto, reforçou o compromisso institucional com a valorização das identidades negras e o combate ao racismo. “O Dia da Consciência Negra é mais do que uma data no calendário é um chamado à responsabilidade histórica de cada um de nós. Reconhecer esta resistência é reconhecer que a luta por igualdade continua. A UniRV reafirma seu compromisso de ser um espaço de inclusão, respeito e dignidade, onde a educação seja instrumento de libertação e de construção de um país mais justo”, assinala.
Equipe ASCOM
Jornalista Ana Júlia Sales
Arte: Rogério Guimarães