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Ascensão feminina na tecnologia: avanços lentos, mas transformadores

Publicado em: 29-04-2025
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Em um setor historicamente dominado por homens, a presença das mulheres na tecnologia ainda é tímida, mas dá sinais claros de crescimento e transformação. Dados de uma pesquisa realizada pelo Serasa Experian em 2024 revelam que apenas 0,07% dos profissionais da área são mulheres. Apesar de representarem 60% do corpo discente nas universidades brasileiras, conforme aponta o Censo da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), elas ainda são minoria nos cursos de tecnologia.
 
Os números demonstram uma evolução, ainda que gradual. Em 2012, apenas 15% dos estudantes nas áreas de Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) eram mulheres. Em 2022, esse índice subiu para 18%. Para a Professora Dra. Fabiana Girotto, diretora da Faculdade de Engenharia de Software da Universidade de Rio Verde, esse avanço está diretamente ligado a políticas públicas e iniciativas de incentivo à inclusão feminina no setor.
 
A Professora compartilha sua própria trajetória como exemplo da resistência e da força das mulheres na tecnologia. “Não era a área que eu pensava em trabalhar inicialmente, mas me encantei assim que tive contato. Enfrentei muitos desafios, até mesmo após estar consolidada como professora na área”, relata. Em sua experiência, ela enfrentou salas inteiramente masculinas e, muitas vezes, teve que se impor diante da discriminação com seu conhecimento e preparo técnico.
 
Ela destaca que o mercado de tecnologia é altamente competitivo e exige constante atualização, devido ao ritmo acelerado de inovações. “As mulheres precisam trabalhar em dobro para provar sua competência, e isso, de certa forma, as prepara melhor e as destaca no mercado”, afirma.
 
Para a Professora, características como a atenção aos detalhes, frequentemente associada ao perfil feminino, são essenciais para o sucesso em áreas como desenvolvimento de software, análise de dados e segurança digital. Além disso, ela observa que as empresas têm investido cada vez mais em diversidade, o que torna este um momento propício para que mais mulheres ingressem nesse mercado em expansão.
 
Prof. Fabiana também nota uma mudança de mentalidade entre as novas gerações. Segundo ela, o interesse das meninas por tecnologia tem crescido, impulsionado pelo fácil acesso a dispositivos, conteúdos online e pela presença cada vez maior de referências femininas na área. “As meninas estão se permitindo sonhar com carreiras antes impensadas”, destaca.
 
Como incentivo, ela deixa um conselho às jovens que desejam ingressar nesse universo: “Não tenham medo. Este é um curso muito dinâmico, que permite uma visão ampliada do mercado e oferece oportunidades de atuar em inovações disruptivas que mudam o mundo. A cada passo nosso, mais portas se abrem para um mercado mais diverso, inclusivo e inovador.”
 
Além das iniciativas institucionais, a Prof. Fabiana acredita que a mudança passa também pela base educacional. Na UniRV, parte dos esforços para aumentar a presença feminina na tecnologia envolve ações em escolas, promovendo debates, oficinas e contato direto com ferramentas tecnológicas desde a infância, como com o projeto de extensão ‘Aprendendo a Programar com Scratch’. “A ciência precisa de mais mulheres e meninas”, conclui.
 
Embora a jornada ainda seja longa, histórias como a da Professora Fabiana Girotto mostram que a ascensão feminina na tecnologia já começou e é irreversível.   
 
O reitor, Professor Dr. Alberto Barella Netto, reforça o papel da Universidade enquanto incentivadora da mudança social. “Temos notado o aumento de estudantes do gênero feminino nos cursos de Engenharia e Tecnologia. Isso mostra que nossa instituição é um espaço acolhedor às mulheres, vedando toda e qualquer discriminação. Além disso, vemos esta transformação de forma muito positiva, pois temos como missão transformar a comunidade em que estamos inseridos em um ambiente mais completo e diversificado”, declara.   
 
 
Equipe ASCOM
Jornalista Ana Júlia Sales
Arte: Vinícius Macedo

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